Policia Militar impede a mostra de video-documentário sobre a morte do garoto Joel para a comunidade do Areial no Nordeste de Amaralina.
A
violência policial contra a população do Nordeste de Amaralina não tem fim. Não
bastam os espancamentos e assassinatos de jovens que são cometidas diariamente por
policiais contra jovens negros em todos os bairros populares de Salvador. Agora
censuram o direito de livre expressão assegurado na constituição federal. Governo
Wagner (PT): Voltamos aos tempos de ditadura?
Hoje,
03/08/2013, as 19 horas a Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina AMNA
foi impedida pela Policia Militar de mostrar documentário sobre a morte do
garoto Joel em vídeo para a comunidade do Areial, no Nordeste de Amaralina.
Jovens
membros da Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina foram impedidos por
policiais da Policia Militar de apresentarem vídeo sobre o assassinato do
garoto Joel para a comunidade do Boqueirão, localizado na Santa Cruz.
Policiais
fortemente armados ameaçaram com truculência os jovens, alegando que os vídeos
incitavam a população contra os policiais. Os jovens ainda tentaram negociar se
propondo a passar outro video-documentário mas os policiais impediram ameaçando
de arma em riste e alegando a operação Copa do Mundo como motivo para não
deixar os jovens exibirem o vídeo.
Desde
julho a AMNA está desenvolvendo o projeto Cine Maloca onde
quinzenalmente são mostrados na rua, por meio de datashow, em vários
pontos do bairro vídeos e documentários educativos com a finalidade de promover
a discussão e a mobilização da comunidade entorno dos problemas da violência,
das precárias condições de moradia e de abandono do bairro pelas autoridades
públicas.
Essa
seria a terceira sessão de vídeo-documentário apresentados para na comunidade.
A AMNA já realizou sessão no Vale das Pedrinhas e no fim-de-linha do Nordeste
de Amaralina.
O
vídeo-documentário censurado pela policia militar foi realizado de forma independente para
denunciar o assassinato de Joel da Conceição Castro, 10 anos, filho do mestre
de capoeira Joel, ocorrido na madrugada do dia 22 de novembro de 2010, no
Nordeste de Amaralina.
Segundo
noticiado pelos jornais, os “nove policiais
militares, lotados na 40º CIPM, que participaram da ação que culminou na morte
da criança, foram afastados das ruas.”
Impunes, meses depois o
primo de Joel é também assassinado por policiais militares: No
dia 13 de junho outro assassinato, desta vez quem foi morto foi Carlos Alberto
Júnior, 21 anos, primo do garoto Joel, que, segundo a PM, reagiu a uma
abordagem policial. E
a família continua a ser ameaçada sem que as autoridades tomem providências.
A
AMNA continuará com a mostra e irá entrar com uma representação junto ao
Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado no sentido de assegurar o
direito democrático de livre expressão.
Solicitamos
a solidariedade de todas pessoas e organizações democráticas que defendem os
direitos humanos que se posicionem contra mais essa violência policial contra a
população do Nordeste de Amaralina, enviando cartas de protestos ao Comando da
Policia Militar da Bahia e para o Governador Wagner e divulgando o amplamente o
vídeo-documentário proibido.
Os
interessados poderão enviar seus comentários e acompanhar o movimento pelo blog:
http://amnaluta.blogspot.com
Salvador,
3 de agosto de 2013
Associação
de Moradores do Nordeste de Amaralina
Estamos juntos, não iremos permitir isso. www.afronoticias.com.br
ResponderExcluirQue triste absurdo.
ResponderExcluirO Estado e seu aparato, ao invés de reprimir, deveria é estar promovendo cultura e lazer nas comunidades. E se não o faz deve, pelo menos, garantir e dar segurança a quem tem a iniciativa de levar informação e cultura, e não o contrário.
Não faz e não deixa fazer. Esse é o lema? Parece que sim, mas não para toda a cidade, não para todas as pessoas.
Francisca Schiavo
Como jovem oriundo deste bairro, sinto-me revoltado e profundamente indignado com esta atitude da policia militar. O Sr Wagner parece que esta tendo surtos, e querendo fazer voltar a ditadura e opressão. Infelizmente muitos moradores parecem não se incomodar com esta situação.
ResponderExcluirTenta por o vídeo no youtube e nos fazemos o resto pelas redes sociais!
ResponderExcluirQuem já foi vítima da violência policial sabe o sabor amargo que há.
ResponderExcluirSabe a revolta que sente-se diante da força bruta, diante da impotência, diante do abuso.
Pois bem, já fui.
Detalhe, sou branco, instruído, não moro na periferia...
Agora imagine o que não acontece onde a "sociedade e o Estado" não chegam, a não ser por meio da repressão ou do preconceito.
A PM baiana, mais uma vez, atesta a sua COMPLETA incapacidade de lidar com cidadãos (seja onde for!). Mostra que é incompetente, despreparada e instrumento para interesses de alguns, muitos dos quais políticos.
NOJO.
Branco, instruído??? QUE RIDÍCULO. O QUE ISSO TEM A VER? SEU RACISTA!!! O QUE FAZ VC DIFERENTE DE UM CIDADÃO QUE NÃO SEJA "BRANCO" COMO VC? TE DIGO. NADA. VC DEVE SER MAIS NEGRO DO QUE EU QUE TENHO A (COR DA PELE) MAIS ESCURA. NÃO EXISTE BRANCO NO BRASIL!!! E OUTRA COISA, VÁ PROCURAR SE INFORMAR DIREITO SOBRE O OCORRIDO. PQ SÃO PESSOAS COMO VC QUE FAZEM DESSE BRASIL UM LIXO. SEU HIPÓCRITA DE MERDA!!! ANTES DE FALAR ACERCA DESSES HOMENS QUE SACRIFICAM-SE TODOS OS DIAS PELAS NOSSAS FAMÍLIAS, COLOQUE A MÃO NA CONSCIÊNCIA VÁ LIMPAR SUA ALMA, ISSO SIM!!!
ExcluirQue absurdo! Toda censura é INACEITÁVEL!!!
ResponderExcluirsou morador da Santa Cruz , a verdade tem que ser dita , se os PMs fizeram isso foi por ordem do governador , ela nao iria tomar uma descisão isolada até pq o chefe da policia sempre sera o governador , vamos continuar votando no PT que nao passa de uma ditadura camuflada
ResponderExcluirÉ uma completa indecência o que está acontecendo.
ResponderExcluirPor favor, postem esse documentário no Youtube para que outras pessoas tenham acesso aos acontecimentos e póssam disseminar a denúncia.
A PM não pode exercer um poder arbitrário como este de proibir a exibição do documentário. O Comando da instituiçãso deve ser responsabilizado exemplarmente
Todo apoio à Associação e à famílias enlutadas. Estamos juntos!